quarta-feira, 26 de maio de 2010

Boa noite

Então acabo de postar duas resenhas feitas por mim...Uma sobre Campagnolo e outra sobre o MERCOSUL.

de verdade espero que gostem  obrigado

Political Economy in Security Studies after the Cold War;

JAGUARIBE, Helio. Political Economy in Security Studies after the Cold War;


A crise do Mercosul

No aspecto econômico, o Mercosul assume, hoje, o caráter de União Aduaneira, mas seu fim é constituir-se em um verdadeiro mercado comum, seguindo os objetivos estabelecidos no Tratado de Assunção, por meio do qual o bloco foi fundado, em 1991. Porém como o texto diz este passa por um momento difícil decorrente da necessidade de adaptação do Brasil quanto a sua nova política em relação a sua moeda, além de crises nos, e, entre os dois principais países do bloco (Brasil e Argentina) o que gerou de certo modo uma dúvida sobre como seria o futuro do MERCOSUL ou do comércio no cone sul.
Porém a criação de um mercado comum entre as partes é complicada, pois todos os países devem atingir objetivos e interesses comuns e quanto maior a integração entre os países maior serão os conflitos no âmbito dos interesses políticos e econômicos  até que um dia possamos ver um MERCOSUL com objetivos primários únicos  sabendo regular suas necessidades secundarias em função das  primárias  (mas devemos entender   que este é um evento comum pois na concepção de qualquer  mercado comum como a União Européia conflitos ocorreram)
Visto tais objetivos podemos ver o foco dado pelo autor na área política citando que o MERCOSUL deseja mais independência frente aos Estados Unidos e a União Européia além de buscar mais importância e participação no nível mundial, mas para cumprir tais metas os países do MERCOSUL  necessitam fazer a  adoção de uma política comercial conjunta para que possamos “encarar “  outros países e blocos , além de haver a necessidade de unificar nossas posições para que possamos também em foros internacionais ter mais força.
O Mercado Comum do Sul é um bloco novo que aspira e têm ideais de união e força na América do Sul, porém ainda podemos ver que este bloco ainda necessita de experiência e vivência para lidar com mais efetividade no âmbito internacional, espera-se que o bloco supere suas dificuldades seguindo exemplos de outros e criando alternativas  para a solução de seus problemas funcionando plenamente, incentivando a participação de novos membros dentro das Américas   e que continue a integração econômica que se bem sucedida aumentará o desenvolvimento de seus países membros além de facilitar as relações  com o blocos com mais poder (EU e Nafta).
 Podemos ver que dentro de uma economia globalizada com a de hoje muitos países tendem a regionalização para se proteger criando blocos econômicos e políticos e o desenvolvimento do MERCOSUL será de grande efeito em caso de negociação neste momento.


Lucas Ferrer Alves, graduando em Relações Internacionais no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.

Umberto Campagnolo aluno e crítico de Hans kelsen

Bobbio, Norberto. Umberto Campagnolo aluno e crítico de Hans kelsen


“O direito acima do estado é uma contradição de termos”, esta foi só mais uma citação de Campagnolo, um estudioso e o maior crítico de seu mestre Kelsen, que em sua teoria mostrava o Direito Internacional acima do Direito Estatal, e seguindo seu raciocínio o Estado era a criação do Direito Internacional Público e a sua evolução criaria um estado Universal.

Campagnolo em seus textos critica, assim como seu mestre, a Sociedade das Nações, porém este analisa e baseia suas críticas na forma realista ao contrário do pacifismo de seu mestre. Para Campagnolo a Sociedade das Nações não passa da velha idéia de equilíbrio das potências, pois o respeito à soberania que neste grupo ocorre poderia levar somente a isto, e tendo sua soberania respeitada todos os países serão conduzidos pelo interesse único e simplesmente individual, impossibilitando que seja forjada a paz, pois a “paz” feita pela aliança de Estados é uma paz individual, egoísta,sem alguma intenção altruísta , por que em um tratado bilateral ou multilateral as partes só buscam vantagens para elas mesmas.

A “paz” para nosso autor viria de uma evolução do estado e assim seria a evolução do Direito internacional, pois este se submete ao Direito estatal. Este Estado se alargaria a ponto da assimilação da cidadania entre estrangeiros e cidadão local seja palpável, este alargamento poderia ocorrer de modo imperial ou por via das federações (Campagnolo não respondeu qual destes seria melhor).

Campagnolo também critica os meios que Sociedade das Nações busca a paz, pois, esta acredita que viria pelo desarmamento, mas Campagnolo considera a paz, o motivo para o desarmamento não o contrário, o que realmente seria efetivo, pois a racionalidade nos leva crer que enquanto não houver paz não haverá a intenção de um Estado de diminuir suas defesas.

Para estudar as teorias de Campagnolo é primordial relatar seus estudos sobre os tratados, o uso da força e as relações entre Estados.  Para o Autor um tratado não passa de programa de ação sem validade jurídica por si só, ganhando a validade após ser ratificado, ou seja, o tratado é submetido a legislação interna e só é respeitado pelo Estado que quer respeitar ele, pois um tratado não tem força obrigatória nenhuma para os Estados que o assina .
A força é a base de qualquer relação estatal, pois ela resguarda a discussão, ou seja, a força pode ser usada como ameaça, e isto é legítimo, pois não se deve condenar um estado por buscar o que é melhor pra ele de qualquer modo.




Entender as teorias para Campagnolo não é “tarefa difícil” para ninguém, pois este não exige mais que um conhecimento básico de Direito e de Teoria das Relações Internacionais. É factual que Campagnolo foi capaz de descrever e entender o momento em que estudou e de prever, por exemplo, a desobediência de tratados que há pouco tempo era normal na política de Bush.

Campagnolo e suas teorias podem facilmente serem aplicadas ao momento atual, por isso considero este autor fascinante e de grande importância para o entendimento das Relações Internacionais e de certa forma o direito internacional.


Lucas Ferrer Alves, graduando em Relações Internacionais no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

SE não faz sentido não concorde comigo...

Não é nada de mais... e pode ajudar no desenvolvimento de meus estudos...

obrigado

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Sobre O GOLPE EM HONDURAS

Olá...VOLTO aqui para postar em linguagem simples algumas informações sobre o
 golpe de estado ocorrido dia 28 de junho em Honduras.

O presidente Zelaya que governava desde 2006 foi acusado de tentar modificar a constituição de seu país (Honduras) para tentar sua reeleição em novembro de 2009 e isso foi o argumento usado pelos golpistas que com o  apoio do exercíto e dos blocos mais conservadores colocaram no poder o Roberto Micheletti presidente do congresso e também seu inimigo político.
Após o golpe o presidente foi expulso de seu país e foi exilado na Costa Rica com um mandato de prisão caso voltasse (com a acusação de corrupção e também de Traição).Esta situação causou uma crise politica dentro do país com a participação da população se organizando em passeatas a favor e contra a volta do presidente.
 A maior parte da Comunidade Internacional  condenou o golpe dos militares e pediam a volta do presidente e que a ordem voltasse a ser estabelicida ,para isso Obama chegou a "bancar o governo " da Costa Rica para mediar as discussões.
Mesmo enquanto exilado ,na maior parte do tempo ,escondido em Nicaragua  Zelaya no dia 24 de julho o presidente tenta voltar ao país para retomar o poder mas é barrado pelo exército em suas fronteiras.Porem no dia 21 (segunda feira) ele volta ao país por uma rota desconhecida  e se estabelece na embaixada Brasileira onde parte da população que o apóia desafia o toque de recolher (imposto por Micheletti) fazem vigilia.É importante deixar em evidencia que as eleições em Honduras serão em novembro e o presidente pode estar querendo influênciar o povo para que consiga votos para seu partido.
O atual presidente (Micheletti) ja disse que as negociações com o presidente da Costa Rica ja foram canceladas e que no momento com a volta do ex-presidente, ele era ínutil, Além disso exige que o Brasil entregue Zelaya e nos acusa de se envolver e um"problema "Hondurenho indo contra ao direito internacional.
Zelaya abrigado na embaixada brasileira  em entrevista diz que o lema para sua volta será  PATRIA RESTITUIÇÃO OU MORTE.
Ainda hoje os manifestantes que estavam na imediações da embaixada Brasileira foram dispersados pela policia Hondurenha o proprio presidente deposto diz que suspeita de que o Governo atual ataque o prédio da embaixada.

Na minha opinião considero o governo atual de Honduras (assim como a maior parte da comunidade internacional )Ilegitimo.Pois o presidente deposto apesar de eleito por um partido de direita estava fazendo reformas com intuito de melhorar o social e diminuir a violência  além de criticar em certa parte o Imperialismo e se unir a Chavez na ALBA o que poderia em grande parte colaborar no seu desenvolvimento tanto social como economico mesmo este nao sendo o FOCO principal da ALBA(que visa alem da area economica o bem estar social da população de seus integrantes)o que nao alegrou os donos do poder economico
Após a consulta popular com a proposta  :
Você está de acordo que, nas eleições gerais de novembro de 2009, se instale uma quarta urna para decidir sobre a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, que aprove uma nova Constituição política?


De onde sairia vencendor os golpistas consideraram isso uma subversão a constituição e reuniram provas que  de traição e corrupção(que apesar de grande pesquisa não encontrei) e deram inicio ao GOLPE.problema que deveria ser resolvido nas urnas ao invés de nas armas o que é um atraso no desenvolvimento de um país tão pobre quanto Honduras que em breve sofrerá cortes na Ajuda humanitaria  e economica  que recebe pois onão consideram seu governo legitimo .

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sobre terrorismo.

Oi. Acho que é meu terceiro post hoje e vou postar um resumo sobre terrorismo que fiz com base no que o Prof de Politica externa Brasileira me ensinou.espero estar transferindo conhecimento
obrigado desde já

Terrorismo: É o uso da força para alterar a política de um estado,serve para causar abalo psicológico pois assim mantém sobre pressão os vivos(porque só os vivos podem provocar mudanças)
É impossível declarar guerra contra o Terrorismo pois ele é apenas um tática para chegar a um objetivo maior(terrorismo é um modo de agir .) entao como que um homem é capaz de abrir guerra contra uma tática ?
Por isso os EUA (Bush) empreendeu uma guerra inútil, pois nao combatia um corpo ou um objetivo, combatia apenas um tática um meio ,e uma tática pode ser simplesmente abandonada por um tempo e depois reposta em ação quando for mais seguro.Por isso os EUA não alcançam sucesso nunca, pois nao combatem o objetivo(por meio da diplomacia) e sim a tática,se o objetivo fosse combatido talvez tais grupos deixassem de usar de tal meio.

Outros conceitos interressantes que posso sintetizar aqui tambem é o conceito de terrorismo de estado
terrorismo de Estado é quando o estado usa de seu direito legitimo a força em seu país para acabar de algum modo com a oposição ou conquistar alguma classe da sociedade
Terrorismo de Estado Internacional:O uso da força para acumular ou mostrar poder.Neste caso o uso da força é ilegitimo e injusto servindo apenas para a demonstraçao de poder ou dominação.


Lucas Alves

MARILENA CHAUI DEFENDE QUE LULA NÃO É POPULISTA.

entrevista retirada do blog

http://assojafce.blogspot.com/2009/03/marilena-chaui-diz-em-entrevista-que.html


MARILENA CHAUI DEFENDE QUE LULA NÃO É POPULISTA.


Marilena Chaui, a filósofa mais importante do país, discute a crise financeira, a popularidade do governo Lula, e afirma a centralidade do ensino da história da filosofia nas escolas. A entrevista completa está na revista Cult, edição de março. Leia um trecho da entrevista:



CULT - A senhora disse que o governo atual "não é o governo dos nossos sonhos, não é exatamente da esquerda", que não teria o perfil de esquerda. Considerando, portanto, essa ambiguidade ideológica que se reflete na própria agenda do governo, a senhora acredita que políticas assistencialistas, além do carisma e da identificação popular do presidente, são suficientes para explicar sua boa avaliação?
MC - Sim e não. Sim, porque num país em que o corte de classe sempre definiu os governos, isto é, em que as políticas voltadas para os direitos sociais, políticos e culturais de todos os cidadãos nunca foram desenvolvidas ou, quando o foram, nunca foram prioritárias, em que as carências da maioria da sociedade sempre foram ignoradas em nome dos privilégios da minoria, as ações deste governo instituem práticas de inclusão sem precedentes na história do Brasil e, em grande parte, são responsáveis pela avaliação positiva do governo.
Não, porque a avaliação positiva do governo perpassa todas as classes sociais, indicando que há aprovação de outras ações governamentais, além daquelas voltadas para a transferência de renda e inclusão social; há aprovação da política externa, marcada pela independência, do PAC, da maneira como o Brasil sofrerá menos que outros os efeitos da crise financeira etc. Penso também que é preciso dar um basta à tentativa de caracterizar o governo e o presidente da República como populistas. O populismo (tal como concebido pela sociologia brasileira, já que o conceito não é homogêneo para todas as sociedades) é a política da classe dominante para exercer o controle sobre as classes populares e/ou sobre a classe média tanto por meio de concessão de benefícios pontuais quanto por meio da figura do governante como salvador e protetor.
Ora, todos esses traços estão ausentes no governo Lula: o atual presidente da República não pertence à classe dominante, não concede benefícios pontuais e sim assegura a instituição de direitos com os quais se institui uma democracia, consequentemente, a figura do governante não tem a marca da transcendência, necessária à dimensão salvífica e protetora do dirigente não democrático.
Aliás, um dos pontos mais caros à mídia, que serve como ponta de lança nos ataques dirigidos ao presidente, é exatamente sua condição de classe: um operário sem diploma universitário, que não fala várias línguas, que comete gafes em situações de etiqueta e cerimonial etc. Ou seja, a mídia entra em contradição consigo mesma quando junta populismo e presidente operário sem diploma universitário.